Gosto

domingo, 28 de março de 2010

Médicos viram pacientes


Notícias recentes dão-nos conta de preocupações relativamente à classe médica, nomeadamente no que se refere ao síndrome de exaustão, ao aumento do número de suicídios e divórcios.
notícia:dn.sapo
Veio-me imediatamente à ideia a conversa daquelas jovens, e, as suas legítimas apreensões sobre a necessidade de uma maior humanização da profissão, e o elitismo criado com a exigência de médias exemplares (exageradas diria eu) para aceder a determinados cursos.
Se a tudo isto juntarmos a auto-medicação e o consumo de álcool, para não ir mais longe, destes profissionais, perceberemos que lhes assistia toda a razão quando intuíam que um jovem que não queimou as etapas do seu crescimento normal, que apenas focalizou todas as suas energias e tempo no estudo exaustivo das matérias, não terá criado estrutura para o desempenho futuro de tão exigente profissão.
Diria mesmo que, o não ter queimado essas etapas poderá estar relacionado com a elevada taxa de divórcios e suicídios, pela insatisfação que transporta consigo.  

sábado, 27 de março de 2010

Conversas de Café



Conversa entre jovens estudantes universitárias em estágio num projecto europeu na Holanda:
  • O meu primo Zé Tó está a acabar medicina..
  • Quem aquele "Betinho" já está no último ano???
  • Mas... que médico sairá dali?! Ele sempre foi um marrão, convencido...
  • Sim, mas sabes que em Portugal é só essa gente que chega a médicos...
  • Mas que tipo de vocação, que sensibilidade pode ter uma pessoa que passou toda a sua vida enclausurado e a empinar matérias, para lidar com pessoas, ainda por cima doentes??
  • Vai ser mais um para passar receitas em função das benesses que os laboratórios ofereçam...
  • Sabes como é, filho de peixe sabe nadar...
  •  Oh pá está bem, mas será que vamos continuar eternamente a ter clãs familiares na medicina e na advocacia??
  • Claro mas duvidas, o resto acaba a leccionar LOL
  • Espera, também não será bem assim, sempre há os que, como nós, se fazem à estrada e percebem que um arquitecto não passa de um técnico especializado que até pode contribuir para um mundo mais agradável, e deslocar-se em transportes públicos ou de Bike!!!
  • Quando tiveres a tua placa à entrada do atelier quero ver se continuas a pensar assim?! 
  • (gargalhada geral)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Planeamento




Todas as grandes obras exigem um minucioso trabalho de planeamento, dele dependendo todo o trabalho subsequente. Cada fase - da concepção, pré-fabrico, construção, montagem industrial etc, deve obedecer a um plano de ordem técnica, de segurança, e temporal (de  timing).

É com base neste planeamento, que passa pela execução de fichas técnicas e de isométricas para cada actividade específica que são adequados os prazos para a execução de cada um dos trabalhos por forma a respeitar a especificidade de cada interveniente e harmonizar as que são complementares.

Tudo tem de estar calendarizado, proporcionando prazos adequados ao pré-fabrico transporte e montagem dos elementos, atendendo a uma sequência normal da evolução do trabalho e das necessidades e limitações operacionais em cada momento.

O trabalho de planeamento é um dos trunfos das empresas modernas, sobretudo do Norte da Europa, que lhes permite obter óptimos resultados no que concerne à operacionalidade e capacidade técnica, com consequentes bons resultados financeiros e de imagem.

É, portanto, urgente mudar a mentalidade reinante do lucro imediato, do trabalho desordenado e com base na exploração da mão de obra barata, e seguir os passos  daqueles que fazem da exigência e da qualidade os seus bastiões com evidentes benefícios.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Competitividade e Qualidade

Competitividade é a capacidade das Empresas produzirem a custos moderados os seu produtos ou serviços, por forma a poderem disponibiliza-los no mercado a preços iguais ou inferiores aos da concorrência.

Para o conseguirem, tiveram necessidade de modernizar-se, ao nível dos equipamentos dos processos de fabrico e da formação do seu pessoal; evidentemente que aqueles cuja capacidade de gestão não lhes permitiu enxergar esta nova realidade, acabaram por ficar pelo caminho.

Muita desta competitividade, acaba, por vezes, por ser conseguida, ou pelo menos tentada, à custa de uma cada vez maior exigência quanto aos níveis de produção,(leia-se quantidade) sem ser acompanhada das tais reformas estruturais. Trata-se de através da redução de pessoal, conseguir custos de produção inferiores, sobrecarregando os que ficaram e, receiam ver perigar os seus postos de trabalho.

A qualidade é outra realidade dos tempos modernos que é, e será cada vez mais exigência e condição imprescindível para o sucesso. No entanto, todos sabemos como, apesar das certificações (que representam um passo importante) nos resta ainda um longo caminho a percorrer.

A este propósito gostaria de partilhar convosco a opinião de que da mesma forma que para ser director técnico de uma farmácia, me parece bem que seja exigida formação académica adequada, para chefe de cozinha ou director de um hotel deveria acontecer exactamente o mesmo, bem assim como em qualquer outro ramo que exija conhecimentos técnicos, sobretudo nos que interferem de alguma forma na produção, manuseamento e transformação de bens alimentares.

sábado, 13 de março de 2010

VCA

Este Documento, Personal Safety Logbook, vulgo VCA é, desde há muito tempo, necessário e imprescindível para quem queira trabalhar na Holanda, na Bélgica e Alemanha, nomeadamente em Refinarias, Fábricas de Gás, Químicas e na maior parte dos Estaleiros Navais.

Trata-se de um documento nominativo, com os dados do portador e uma foto, onde serão averbados os cursos  de de segurança que frequentou, por norma Deltalinqs, bem como os dados da empresa contratante.

Cada Empresa ministra os chamados cursos de Portaria "entrada" no complexo, e todos os cursos específicos entendidos como necessários ao trabalho a desenvolver por cada grupo profissional, como os de H2S e CO entre outros, como prevenção dos principais riscos em cada zona de actuação. De lembrar aqui que, para além disto, diariamente as Ordens de Trabalho necessárias para iniciar cada trabalho especificam detalhadamente quais os elementos de protecção necessários tendo em conta os riscos inerentes a cada trabalho numa determinada área fisica.

Dispõe ainda este documento de espaço destinado a averbar as certificações técnicas do portador, bem como as licenças especiais para manobrar máquinas e/ou equipamentos, de transporte, elevação ou outras máquinas específicas.  
Por fim, um espaço destinado ao averbamento de exames médicos que atestem a sua condição física e a sua capacidade geral para a execução do trabalho, tendo em atenção a particularidade de determinados trabalhos e das suas exigências, como no caso dos espaços confinados.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Emigração e Deslocação em Trabalho no Estrangeiro

Duas opções face a uma mesma realidade, a falta de trabalho em Portugal, o crescente aumento do desemprego, e a degradação das economias familiares.

A emigração representa uma boa opção para quem, tenha um núcleo familiar formado e se encontre em situação de desemprego de um dos cônjuges, sobretudo quando a situação profissional do outro seja precária e insuficiente para fazer face aos encargos; melhor ainda se forem jovens e tiverem filhos em idade escolar. 
Esta é uma oportunidade de refazer a vida noutro País, que deve ser minuciosamente escolhido, tendo em conta o nível de escolaridade dos candidatos, a experiência profissional e a capacidade de adaptação a novas situações laborais e sociais.
Reveste-se de algumas vantagens, nomeadamente os diferentes sistemas de segurança social, de prestação de serviços de saúde e assistência à família, e apoio à formação.

A deslocação em trabalho no estrangeiro requer a selecção de empresas portuguesas que tenham frentes de trabalho no estrangeiro, ou ainda, presentemente muito em voga, as que cedem trabalhadores a empresas estrangeiras, funcionando como empresas de aluguer de mão-de-obra.
Esta opção requer igualmente uma cuidadosa selecção quanto à empresa e ás condições contratuais.
É a melhor saída para quem disponha de menos economias, dado que todas as despesas inerentes à deslocação, habitação e alimentação correm por conta da entidade empregadora.
Tem ainda a vantagem de ser uma solução transitória, para acudir a qualquer precalço económico ou financeiro, sem o carácter definitivo da emigração.
Contribui ainda para uma ajuda substancial da economia do seu País dado que uma parte do rendimento auferido será colocado na origem. 

quinta-feira, 11 de março de 2010

Segurança no Trabalho

Vimos trabalhar para ganhar a vida e não para perdê-la!
Esta é uma máxima que faz todo sentido quando se fala de segurança no trabalho.

Youtube "Acidente Trabalho"

Este vídeo retrata de uma forma caricatural situações de risco com que podemos deparar-nos e cujos resultados trágicos devem servir de alerta.

A Tónica das reuniões de segurança vem insistindo cada vez mais na prevenção e na irradiação dos factores de risco de cada tarefa específica, com o o objectivo claro de reduzir o número de acidentes aos derivados de situações imprevisíveis e imponderáveis.

Os Planos de Prevenção, que enumeram as actividades desenvolvidas em cada trabalho, ou tarefa, e os riscos envolvidos, para cada uma das partes, e para o grupo de trabalho envolvido, servem hoje de base de trabalho para os Técnicos de Prevenção das Empresas, não dispensando contudo um plano de análise de condições de trabalho e respectivos riscos feito diariamente e sempre que haja alterações relevantes.

A propósito deixo-vos dois relatos de acidentes graves e respectivas actuações:
Em 2000 numa Plataforma  da Statoil, em fase final da construção, Em Stavanger na Noruega, deflagra um incêndio durante a noite, numa das " boias" da dita plataforma; A origem do incêndio teve causas eléctricas. 
O Engenheiro responsável da Empresa de Electricidade foi imediatamente chamado ao local donde só já saiu num carro policial e, sob detenção (até conclusão do inquérito).

Em 2010  (hoje mesmo) numa unidade industrial em Mulhouse-França um trabalhador sofre uma queda de mais de 7 metros de altura, ao cair de uma passerelle, cuja grelha havia sido inadvertidamente deixada sem  a fixação normal. Não assisti a nenhuma acção especial, para além do normal inquérito das autoridades policiais in locco.
Este trabalhador, ao cair bateu com o braço e em seguida com a cabeça, entrando imediatamente em "coma"

 


quarta-feira, 10 de março de 2010

Nota de Boas Vindas


Bem-vindos ao ToolBox Meeting

A Aposta do Blog será a abordagem de assuntos de Actualidade e Opinião