Gosto

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mil Milhões "Perdidos"

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Estado perdeu mil milhões em impostos por "inércia de serviços"

O Estado perdeu mil milhões de euros de cobranças, por "inércia dos serviços", de acordo com uma auditoria da Inspecção-geral de Finanças (IGF), avança o jornal Ionline, que cita o Jornal Público como fonte. De acordo com o relatório, a dificuldade em despachar os processos em tempo útil é a razão principal para que grande parte dos impostos prescreva e não possa ser cobrado pelo Estado.
Entre 2006 e 2008, cerca de 129 mil processos prescreveram nos serviços de Finanças de Lisboa e do Porto, avança a auditoria. O Ministério das Finanças não prestou quaisquer declarações.
"Apesar dos diversos diagnósticos efectuados nos últimos anos apontarem para uma generalizada evolução positiva do sector de execuções fiscais (...) uma parcela maioritária dos serviços de Finanças, especialmente de maior dimensão, continua a registar a acumulação de elevados saldos de processos e de dívida exequenda".

Ao mesmo tempo que desencadeia uma gigantesca acção de penhora de bens aos contribuintes com menos recursos, um pouco por todo o País, deixa expirar os prazos das grandes dívidas em Lisboa e Porto, onde o rendimento dos contribuintes é mais elevado.

Não se tratará apenas de ineficiência dos serviços, de menos zelo profissional destes funcionários, mas de uma maior capacidade económica destes contribuintes, duma melhor informação, que lhes permite utilizar os mecanismos legais que dificultam as cobranças por um lado e as penhoras por outro, e de falta de coragem política para afrontar e resolver estes problemas, tendo em conta a influência social, empresarial e política dos faltosos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Alzheimer Avanços Científicos

Foto Ionline

Doses maciças de vitamina B podem atrasar e até mesmo deter o progresso da doença de Alzheimer nos adultos, segundo um estudo publicado na revista científica digital Public Library of Science One (PLoS ONE).

Uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford, em parceria com colegas noruegueses, descobriu que se forem tomados diariamente comprimidos de vitamina B a redução do tamanho do cérebro, que se produz com a idade, pode ser retardada.

Testes realizados durante dois anos com 168 idosos mostraram que quem toma aqueles suplementos tem, em média, uma atrofia 30 por cento inferior ao normal, havendo casos em que essa atrofia foi mesmo 50 por cento inferior.

Notícia Ionline

Compartilhe connosco toda a informação de que disponha sobre a doença de Alzheimer através de narsasenator@gmail.com

domingo, 18 de julho de 2010

Banco Portugal - diagnóstico em hora de tomada de posse

 
A conjugação do agravamento das necessidades de financiamento externo de alguns Estados-Membros do euro, em particular daqueles que se confrontam com uma insuficiência estrutural de poupança interna, com a maior atenção e preocupação dos mercados financeiros com a sustentabilidade das trajectórias de endividamento dos agentes económicos – em especial os públicos, mas também os privados –, e o agravamento da restrição da oferta de financiamento externo, constitui hoje o maior desafio com que se depara a área do euro e, em particular, a economia portuguesa.

É imperioso e urgente demonstrar aos agentes financiadores externos que as trajectórias de endividamento são sustentáveis. Para tal, há que ajustar gradualmente mas com determinação as necessidades de financiamento externo à intensidade da restrição que defrontamos e que se manifestará com tanto mais premência quanto menor a confiança que os agentes financiadores julgarem poder depositar no País. Esta garantia que é necessário dar aos mercados passa necessariamente pelo reforço da poupança interna, tanto pública como privada, e pelo aumento da competitividade da economia. A redução consistente e credível do défice público, o aumento da poupança privada e o incremento das exportações são hoje pilares incontornáveis de uma política de crescimento sustentado da economia portuguesa.

É necessário ter presente, por isso, que as enormes vantagens da estabilidade de preços e da participação na área do euro, de que os agentes económicos rapidamente se apropriaram, têm como contrapartida inexorável um ajustamento dos comportamentos de formação de salários e de alocação do rendimento, e que o ritmo deste ajustamento, no presente contexto de crise internacional, terá de ser acelerado de forma determinada e credível, sob pena de pôr em causa o processo de retoma da economia portuguesa.
 

 Extraído do discurso de tomada de posse do Governador do Banco de Portugal

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Análise de grande rigor, e, referências importantíssimas relativamente às causas da actual situação e, mais importante, às orientações a seguir.

De reter, sobretudo este último parágrafo, porque indica o único caminho a seguir, e deixa um aviso sério relativamente às consequências. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estado da Nação



"O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas", declarou o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, durante o debate do “Estado da Nação”, no Parlamento.
Miguel Macedo apontou os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro" e criticou os resultados invocados e o tom utilizado pelo primeiro ministro, José Sócrates, no seu discurso.

Notícia Ionline
Foto Google Images

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Verdades incontornáveis que deviam fazer pensar os nossos políticos, mas no sentido de encontrar soluções que permitam ao País sair desta situação, e não apenas para serem usadas como armas de arremesso politico em discursos de circunstância.

domingo, 4 de julho de 2010

A verdade dos números

Ilustração: Google Images 


A necessidade de um sistema normativo que nos aproxime dos nossos parceiros europeus, é indiscutível, contudo essa necessidade deriva apenas do normal cruzamento de dados, e do tratamento de informação relativamente a actividade económica entre os vários países, logo deveria ter sido acautelado o interesse das pequenas e micro-empresas para as quais esta normativa não tem qualquer aplicação, implicando um aumento de custos administrativos desnecessário, sobretudo, se atendermos à sua, já debilitada situação económico/financeira, tantas vezes provocada apenas por factores exteriores, aos quais são completamente alheios.

A tentativa de aperfeiçoar a máquina fiscal, tem sido especialmente punitiva para os empresários detentores de pequenos negócios, que pela sua natureza, pela especificidade dos negócio são obrigados a facturar tudo o que vendem, e/ou os serviços que prestam, porque trabalham essencialmente para empresas ou para o Estado, deixando completamente"à rédea solta" os liberais que trabalham para o consumidor final, e, na maioria dos casos não emitem qualquer documento, evadindo-se desta forma ao pagamento do IVA e IRS correspondentes; ao nível da restauração este problema é recorrente mesmo no caso das empresas que se abastecem no hipermercado sem solicitar a respectiva factura.

A grande questão que aqui se põe é de que estes serviços não são mais baratos por isso, o consumidor final de nada beneficia, o Estado não recebe estes impostos, logo pedirá amanhã mais sacrifícios aos mesmos.

Este assunto é por todos conhecido, mas nada se faz para acabar com o enriquecimento ilícito destes empresários.

sábado, 19 de junho de 2010

Responsabilizar os Bancos, segundo Sarkozy

Ilustração Google Images
Nicolas Sarkozy, Presidente francês, propôs hoje a introdução de um imposto especial sobre as organizações de crédito para minimizar no futuro riscos financeiros.
“Defendo a introdução de um imposto sobre os bancos. Além disso, eles próprios devem financiar o seguro dos respetivos riscos”, declarou o chefe do Estado francês, ao intervir no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
Segundo ele, as perdas bancárias não devem ser compensadas pelo Estado à custa dos contribuintes, mas pelas instituições de seguros.

Notícia ionline

O Presidente Francês Nicolas Sarkozy parece ter vencido o seu "calcanhar de Aquiles" abandonando o hábito dos saltos altos para o colocarem à altura dos seus pares, e adoptado agora uma postura bem mais "agressiva" de bicos-de-pés tomando as rédeas a assuntos importantes da política europeia, como a criação de um Governo Económico da UE e, a justíssima introdução de um imposto sobre os bancos, aqui citada do ionline.
É, hoje, sabido que grande parte das dificuldades por que todos estamos a passar tiveram origem na má gestão e descontrolo dos bancos, e, consequentemente nos ME despendidos pelos Estados para evitar as falências e o afundar da moeda única.
Os mesmo Bancos que asfixiam os seus devedores que passam por dificuldades para respeitar os compromissos, e a quem o Estado (que nada tem de solidário) não ajuda em nada, porque se empenhou com os primeiros.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Na Forja - Governo Económico da União Europeia

Ilustração GI

Alemanha e França propõem criação de governo económico da União Europeia

...Além disso, advogaram o reforço do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), para que estados, que violem “notoriamente” o limite do défice orçamental de três por cento ou o limite de endividamento de 60 por cento do produto Interno Bruto (PIB), percam o direito de voto.
As duas propostas foram anunciadas hoje, em Berlim, após uma reunião entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para preparar o Conselho Europeu que começa na quinta feira, em Bruxelas.

Apesar de algumas resistências iniciais, que ocorrerão certamente, esta proposta vai ser aprovada, dada a inevitabilidade de por ordem nas finanças públicas dos 27, e a exigência da consolidação orçamental  e de restaurar a confiança e credibilidade na moeda única

Sarkozy e Merkel anunciaram também que vão enviar uma carta conjunta à presidência canadiana do G20, propondo que na Cimeira marcadas para o fim deste mês, em Toronto, sejam aprovados uma taxa bancária e um imposto internacional sobre transacções.

Esta é outra medida inadiável, e que amortizará a dívida do sector bancário relativamente à sua inegável responsabilidade na origem desta crise sem precedentes.



Citações da notícia publicada no Ionline, comentada aqui

domingo, 30 de maio de 2010

Dia Mundial sem Tabaco

Imagem Google
O dia de hoje "Dia Mundial sem Tabaco" convida-nos a uma reflexão sobre os malefícios do consumo de tabaco, sobretudo porque, apesar das campanhas levadas a cabo até agora, os resultados não serem nada animadores.

A imagem com que ilustro o post foi deliberadamente escolhida por representar um anúncio de tabaco da década de 60, de cuja nefasta influência a minha geração se pode hoje lamentar. Fumar era entendido nessa época como uma forma de promoção social, ou pelo menos de integração, que nos transmitia a ideia de emancipação e de uma "certa liberdade" ou libertinagem melhor dizendo, que era então inexistente noutras áreas mas consentida relativamente ao fumo.

Hoje, temos todos informação suficiente sobre os malefícios do acto de fumar e da dependência que daí resulta. Felizmente que as camadas jovens fumam hoje muito menos, mas, ainda assim demasiado para o que seria de esperar, sobretudo por parte das mulheres, tidas como sendo mais pragmáticas e menos facilmente influenciáveis por "culturas de grupo".

Há muito anunciadas medidas de "choque" nomeadamente embalagens menos atraentes, com fotos reias e explícitas de doenças resultantes do consumo do tabaco, tardam em aparecer, e colocam-nos muitas vezes a dúvida dos interesses económicos envolvidos se estarem a sobrepor aos interesses gerais de saúde pública, nomeadamente os impostos arrecadados pelos governos que, isso sim, frequentemente procedem a aumentos, sem que essa receita extra seja aplicada no combate a este flagelo.

Aproveitemos pois esta data para equacionar com afinco as enormes vantagens de abandonar o clube dos fumadores e livrar-nos de mais um imposto. Já bastam aqueles em que não temos alternativa. 

sábado, 22 de maio de 2010

Trichet põe pontos nos ii

Trichet Foto Ionline

Jean-Claude Trichet Presidente do Banco Central Europeu 

Dá-nos conta das sua preocupações, que, não lhe roubam o sono porque entende ter advertido os chefes de governo da gravidade da situação e das medidas a adoptar para lhe fazer face.
Frases mais importantes da entrevista publicada pelo Ionline:


O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, considera que os mercados estão a passar pela situação "mais difícil" desde a Segunda Guerra Mundial.
Numa entrevista ao semanário alemão Der Spiegel, que será publicada na segunda feira, Trichet refere que os mercados se encontram "sem nenhuma dúvida, na situação mais difícil desde a Segunda Guerra Mundial".
"Tivemos e temos uma realidade dramática", disse o presidente do BCE, acrescentando que durante a onda de pânico nos mercados bolsistas europeus da semana passada "os mercados deixaram de funcionar".
"Foi quase como aquando a falência do Lehmann Brothers, em setembro de 2008", lembrou.
Para o presidente do BCE, a situação está superada, existindo ainda um grande "risco de contágio", pelo que se torna necessário "um salto quântico", em matéria de controle mútuo da política económica europeia.
"Fazem falta sanções eficazes para os incumpridores das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento ", acrescentou Trichet, salientando a importância de o pacote de resgate aprovado na semana passada no euro ter sido acompanhado pelo compromisso dos parceiros da UE para "acelerar a consolidação de seus orçamentos."
"Todos os países sabem o que está em jogo", sublinhou.
Na entrevista, Trichet, defendeu ainda mais uma vez a independência do BCE e garantiu que a decisão de comprar títulos do governo dos países em crise não ocorreu em resposta a pressões políticas.
Trichet considera que esta medida, ao elevar a massa monetária em circulção, implica o risco de inflação.
Sendo certo que cada um de nós, no seu trabalho, tem de ser responsável, produtivo, e, atender às directrizes dos superiores, sob pena de ver perigar o seu lugar, também os políticos tem esses deveres, sobretudo para com os cidadãos que os elegeram e confiaram na sua capacidade à frente dos destinos do País, sob pena, também estes, de serem exonerados dos seus cargos sem indemnizações ou subsídios de reintegração.



sábado, 15 de maio de 2010

Imposto extraordinário 2010/11

Ilustração GI

 Com o objectivo de reduzir o défice o Governo Português com o apoio do maior partido da oposição o PSD, acabar de anunciar um conjunto de medidas, a saber:
  • Um imposto extraordinário de 1,5% sobre os salários dos trabalhadores por conta de outrem com rendimentos brutos mensais superiores a cinco salários mínimos (2.375 euros brutos mensais,
  • No caso de trabalhadores com rendimentos inferiores àquele valor, mas superiores a um salário mínimo (475 euros), a taxação adicional será de 1%,
  •  Quanto ao IVA, a maior fonte de receita do Estado, o aumento será de um ponto percentual em todos os escalões,
  • O governo adoptará o corte de 5% nos salários de políticos e gestores públicos, inclusivamente ao nível da administração local.; O governador do Banco de Portugal e os outros reguladores também serão afectados por este corte;
  •  O Orçamento do Estado para 2010 previa um crescimento de 5% das transferências da administração central. Essa percentagem, porém, vai sofrer um grande corte, não indo além dos 2,5%.

     As medidas anunciadas, que no fundo  atingirão basicamente os salários dos trabalhadores dependentes, são incompletas e injustas pelas seguintes razões:

    1. O  imposto extraordinário, que, como o próprio nome indica, reveste-se de características de excepção, e é criado com o intuito de resolver problemas imprevisíveis, imponderáveis de grande urgência, sendo temporal e de reparação; devendo contribuir mais quem mais ganha, mais pode, e sobretudo, a quem mais responsabilidades podem ser assacadas;
    2. Também aos políticos,e  ao gestores públicos, por estas mesmas razões deviam ser pedidos esforços suplementares, pela sua responsabilidade nos maus serviços prestados à Nação e à economia em geral;
    3. Por fim os Bancos e as grandes empresas que continuam a ganhar milhões, deveriam contribuir de forma mais acentuada (não com os 2,5%) previstos para a resolução do problema, senão por outras razões pelo facto de durante muitos anos terem usufruído de condições de excepção;
    4. Quanto aos profissionais liberais falta saber como será feita a fiscalização tributária destes contribuintes para o apuramento dos resultados fiscais nestes dois anos, sobre o qual incidirá o correspondente imposto (que na maior parte dos casos) não se compreende à luz dos sinais exteriores de riqueza.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fiscalidade e (In)Justiça Fiscal

São, apenas, os trabalhadores por conta de outrem que pagam os seus impostos correctamente, os que não o fazem de livre vontade, porque não podem, ou por qualquer outro motivo, são prontamente detectados e rapidamente penhorados, sem nenhuma hipótese de entrar num acordo relativamente a um plano de pagamentos que não lhes retire a possibilidade de enfrentarem compromissos já assumidos, e dessa forma, incorrerem em incumprimentos sucessivos que conduzem a graves problemas sócio-económicos e levam à degradação das precárias situações familiares. Esta situação é tanto mais injusta quando sabemos que o Estado é o pior dos pagadores, e responsável, neste contexto, pelo estrangulamento da economia em muitos sectores. Os contribuintes que auferem rendimentos do trabalho dependente estão hoje muito bem controlados, é-lhes retido mensalmente a correspondente taxa de IRS, estabelecida sempre por forma a arrecadar imposto em excesso, com que o Estado se financia ao longo do ano, e tarda o mais possível a devolver.

Tabela
  
Rendimento colectável (€)
Continente
Madeira
Açores
Taxa
Parcela a abater (€)
Taxa
Parcela a abater (€)
Taxa
Parcela a abater (€)
Até 4.755
10,5%
-
8,0%
-
7,35%
-
+ de 4.755 a 7.192
13,0%
118,88
10,5%
118,88
9,75%
114,12
+ de 7.192 a 17.836
23,5%
874,04
22,0%
945,96
18,8%
765,00
+ de 17.836 a 41.021
34,0%
2.746,82
32,5%
2.818,74
27,2%
2.263,22
+ de 41.021 a 59.450
36,5%
3.772,34
36,0%
4.254,47
29,2%
3.083,64
+ de 59.450 a 64.110
40,0%
5.853,09
39,0%
6.037,97
32,0%
4.748,24
+ de 64.110
42,0%
7.135,29
41,0%
7.320,17
33,6%
5.774,00

Fonte: PortugalGlobal


  
Já no que concerne aos profissionais liberais, Advogados, Economistas, Médicos, Arquitectos, Engenheiros, Peritos, Artistas etc. o tratamento é absolutamente diferenciado, a retenção na fonte será de 20%, quando é sabido que são estas profissões que auferem os melhores rendimentos, logo há aqui um tratamento diferenciado dos vários tipos de contribuintes, com um notório favorecimento de uns em detrimento de outros e da desejável equidade e solidariedade que devia nortear as leis fiscais.

TAXAS DE IRS
Residentes Não residentes
Rendimento Taxas % Nota (1) Taxas % Nota
Remunerações do trabalho dependente A 10,5 a 42 20 RL
Remunerações dos orgãos estatutários A 10,5 a 42 20 RL
Comissões B 20 RPC 15 RL
Prestação de serviços B 10/20 RPC (2) (6) 15/20 RL (7) (8)
Aluguer de equipamento E 15 RPC 15 RL
Assistência técnica E 15 RPC 15 RL
Dividendos E 20 RL (4) 20 RL
Juros de depósitos E 20 RL (3) 20 RL
Juros de suprimentos E 15 RPC 20 RL
Juros de títulos de dívida E 20 RL (3) 20 RL (5)
Rendimentos de operações de reporte E 20 RL (3) 20 RL
Resgate de seguros de vida E 20 RL (3) 20 RL
Royalties E 15 RPC 15 RL
Rendimentos de unidades de participação em fundos de capital de risco E 10 RL(3) - (12)
Rendimentos de unidades de participação em fundos de investimento imobiliário em recursos florestais E 10 RL(3) - (12)
Outros rendimentos de capitais E 15 RPC 20 RL
Rendimentos prediais F 15 RPC (2) 15 RPC(14)
Incrementos patrimoniais: - mais-valias de partes sociais G 10 (9) 10 (9) (10)
- mais-valias de imóveis G 10,5 a 42 (11) (13) 25 (14)
Prémios de bingo G 25 RL 25 RL
Prémios de rifas, jogo do loto, sorteios e concursos G 35 RL 35 RL
Pensões H 10.5 a 42 20 RL
RL: Retenção liberatória
RPC: Retenção por conta do pagamento final

(1) Os rendimentos das categorias B, E, F estão sujeitos a retenção quando pagos por entidades com contabilidade organizada.
(2) Dispensa de retenção na fonte para rendimento < €10.000.
(3) Por opção do titular podem ser englobados.
(4) Por opção do titular podem ser englobados em 50%.
(5) Poderão estar isentos (DL 193/05 de 7/11).
(6) A taxa de 20% aplica-se em regra às "profissões liberais"; a taxa de 10% aos "empresários individuais".

Fonte: Guia Fiscal PWC (Coopers)

sábado, 1 de maio de 2010

Fiscalidade - Micros e Pequenas Empresas

Ilustração GI
O nosso sistema fiscal não assenta numa justa e equitativa taxação dos resultados obtidos pelas empresas, na observação da sua especificidade e da realidade sócio-profissional das diferentes áreas económicas e sociais, nem no peso objectivo dessas actividades no tecido empresarial e no contexto global da nossa economia e sociedade.
Como exemplo desta afirmação deixo-vos para análise a realidade das micro-empresas em que muitas vezes trabalham os dois elementos do agregado familiar, ou mesmo nalguns casos, estes e os filhos em idade laboral mas ainda a viver com os progenitores, contribuindo com o seu trabalho para o desenvolvimento da actividade empresarial, mas sem direito a auferir vencimentos do ponto de vista da fiscalidade; significa isto que o Estado não providencia a estes elementos meios legais de subsistência, empurrando-os para uma economia paralela. O Empresário é obrigado a contribuir para a Segurança Social, mas não pode esperar desta nenhuma ajuda no caso de o negócio correr mal, uma vez que não tem direito ao subsídio de desemprego.

Até há uns anos atrás esta situação era processada de forma muito mais justa, cada empresário estipulava a sua retribuição, efectuava sobre este valor os devidos descontos e retenções, e no final do ano apresentava a declaração de IRS onde constavam para além do anexo referente à sua actividade empresarial, o(s) respectivo(s) anexo(s) dos rendimentos da categoria A, bem como os dos elementos do agregado familiar que auferissem remunerações do trabalho relativamente a essa mesma empresa e/ou a outras. Esta situação permitia então fazer as deduções específicas relativamente ao trabalho dependente, e era de absoluta justeza.
Ocorre-me perguntar, na óptica do legislador, de que vive o empresário na actual situação?


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Contabilidade e Fiscalidade

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A contabilidade trata de organizar documentação, classificá-la de acordo com, antigamente o Poc, agora o SNC
Sistema de Normalização Contabilística revoga o Plano Oficial de Contabilidade, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 47/77, de 7 de Fevereiro                                      

proceder aos seus lançamentos nas respectivas contas, normalmente em programas informáticos adequados e pensados de forma a agilizar os procedimentos e facilitar a compilação de toda a informação, proporcionando as mais diversas consultas e impressões de todos os mapas exigidos pelo nosso sistema fiscal, podendo ainda adequar todos estes  mapas às necessidades específicas de gestão, e controle das empresas.  

A necessidade de equiparação do nosso sistema contabilístico ao dos restantes Países Europeus, tendo em vista a normalização de procedimentos, pensando nas trocas comerciais e nos investimentos, estará na origem destas alterações.

Este será no entanto um processo dinâmico que terá um período de adaptação, o ano de 2010, sendo a meta apontada para a sua concretização total o 2011.

Este período de adaptação destina-se a proporcionar às empresas em geral e aos técnicos em particular, a familiarização com as alterações e a transição dos hábitos e obrigações vigentes, de forma a assimilar gradualmente as novas exigências, assim como à regulamentação que sofrerá, quase inevitavelmente, alterações pontuais.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Trabalho Temporário

Ilustração: Google  

O crescente aumento do desemprego, resultado do encerramento de muitas empresas, e, da reestruturação a que todas estão sujeitas, e, que quase inevitavelmente resulta em despedimentos, umas vezes por redução da actividade, outras por mera necessidade de redução dos custos de produção, implicando um esforço acrescido para os que mantêm o seu posto de trabalho, tem dado origem à expansão no nosso País do negócio do trabalho temporário.

Quase sempre aliado a esta modalidade estão contratos de trabalho com cláusulas pouco claras, abusivas mesmo nalguns casos, e ilegais, por isso recomendo a leitura de Legislação Trabalho Temporário.

Preocupante, ainda, a proliferação de empresas que não tendo estatuto de ETT, cedem os seus empregados a empresas que por sua vez os sub-alugam a terceiros, tudo à margem da lei; digo preocupante porque estas empresas não respeitam os pressupostos necessários nomeadamente a existência de pessoal qualificado, com formação no recrutamento e  acompanhamento dos  profissionais. 

Outra situação que nem sempre é muito clara, relativamente ao trabalho temporário é a existência de fluxos anormais de trabalho, cuja interpretação é dúbia e passível de manipulação de acordo com os interesses do empregador ou do promotor do trabalho. Uma obra nova, assim como uma ampliação ou grande manutenção nunca poderiam ser enquadráveis neste conceito, e a realidade é bem distinta.

domingo, 4 de abril de 2010

A Economia de Mercado e o Capitalismo

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A Economia de Mercado que deveria impulsionar o funcionamento livre dos mercados em função da economia, da competitividade, e da capacidade técnica, tecnológica e organizacional das empresas, sofreu nos últimos anos alterações importantes que a aproximaram "ainda mais" do capitalismo.
A criação de lobbies a todos os níveis, que, perdendo o seu cariz de núcleos de influência, se tornaram progressivamente em organizações de pressão que pela sua capacidade económica podem proporcionar escandalosas benesses aos responsáveis pelos centros de decisão,  que se traduzem, nem mais nem menos que, em acções de corrupção.
A reorganização das empresas passa quase irremediavelmente pela redução de postos de trabalho, e pela exigência de níveis de produção elevados, para além da deslocalização de pessoas, e da necessidade de readaptação da mão-de-obra a novas funções, sem a devida preparação e reciclagem. Todas estas alterações provocam stress laboral, e afectam negativamente o orçamento das famílias, provocando, muitas vezes o endividamento das mesmas junto da Banca.
Os Bancos continuam a apresentar lucros fabulosos, à custa da cobrança de serviços, muitas vezes de qualidade e interesse duvidosos, e do aproveitamento do estado das economias familiares, penhorando sem escrúpulos os bens e rendimentos disponíveis, sem o mínimo esforço na negociação de dívidas e cobrando juros escandalosos a coberto de legislações desadequadas da realidade actual.
Em suma muito tens muito vales, nada tens de nada vales..
Vivemos então numa economia capitalista em que os donos do dinheiro tudo podem, tudo compram, em que a justiça depende do poder económico, em que não há o mínimo esforço por promover a redistribuição da riqueza; Temos ordenados escandalosamente elevados para uns quantos, e, miseravelmente baixos para a generalidade das famílias.

sábado, 3 de abril de 2010

Motivação

Ilustração: Google Images     



Motivação é o segredo do sucesso das mais variadas equipas, quer de trabalho, quer de qualquer outra actividade colectiva, da mesma forma que funciona como fonte de energia para as nossas conquistas individuais.

A motivação de equipas de trabalho exige da parte dos superiores um empenhamento constante em proporcionar adequadas condições e ferramentas de trabalho, e o acompanhamento dos resultados alcançados por forma a poder, em tempo oportuno, corrigir os desvios detectados, ou, igualmente importante, premiar os sucessos alcançados.
Com este propósito, as empresas devem integrar nos seus quadros gestores com formação adequada, que tracem as orientações mestras a ser seguidas pelos quadros intermédios, uma vez que estes, com maior experiência no terreno, de onde, quase sempre, são originários, acumulam muitas vezes "vícios" de percurso que os impedem de constituir um modelo de incentivo para os seus subordinados.

Em tempos de crise acentuada, os índices de produtividade dependem, em grande parte, da motivação que se consiga instalar no grupo de trabalho; A preocupação de preservar o seu posto de trabalho tanto pode impulsionar positivamente um trabalhador motivado, como tornar ainda menos eficiente um operário desmotivado e descrente nas suas capacidades, e, nas possibilidades de êxito do grupo.

A nível individual, a motivação para determinado objectivo, depende da persistência e da perseverança que empregarmos na prossecução das tarefas que nos farão lograr alcança-lo, e da nossa capacidade de antever os benefícios e a satisfação pessoal ou profissional que representam  cada "troféu" conseguido, ou cada meta alcançada.
A melhor forma de o conseguirmos é sem dúvida rodear-nos de gente com os mesmos "sonhos" com idênticos objectivos profissionais, com quem possamos partilhar conhecimentos, experiências, apreensões e dúvidas e, sobretudo, que nos mantenham no trilho que traçamos.
 

sexta-feira, 2 de abril de 2010

PlanetSolar

O 'PlanetSolar', é o maior barco do mundo propulsado exclusivamente a energia solar, foi baptizado e posto na água esta quarta-feira na cidade de Kiel (norte de Alemanha), numa cerimónia que serviu de preludio às provas de navegação, ou navegabilidade antes  que este catamaran inicie uma viajem em volta do mundo.
Com 31 metros de comprimento por 15 de largura, e uma superfície foto voltaica de 500 metros quadrados, o 'PlanetSolar' é a  primeira embarcação construída com estas características e com a qual se pretende demonstrar as possibilidades das energias renováveis.
a viajem, que começará em Abril de 2011, levar-los-à  de este a oeste com a intenção simbólica de "dar passos para um mundo melhor" e  evidenciando a necessidade de "desenvolver alternativas às fontes de energia fósseis, que são limitadas e têm um impacto negativo para o meio ambiente"

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Semana Santa - Páscoa

Páscoa Feliz 
aos visitantes do Toolbox Meeting 

Neste Tempo de  renovação em que normalmente aproveitamos  para descansar e retemperar forças, que desfrutem do merecido descanso e do convívio familiar

domingo, 28 de março de 2010

Médicos viram pacientes


Notícias recentes dão-nos conta de preocupações relativamente à classe médica, nomeadamente no que se refere ao síndrome de exaustão, ao aumento do número de suicídios e divórcios.
notícia:dn.sapo
Veio-me imediatamente à ideia a conversa daquelas jovens, e, as suas legítimas apreensões sobre a necessidade de uma maior humanização da profissão, e o elitismo criado com a exigência de médias exemplares (exageradas diria eu) para aceder a determinados cursos.
Se a tudo isto juntarmos a auto-medicação e o consumo de álcool, para não ir mais longe, destes profissionais, perceberemos que lhes assistia toda a razão quando intuíam que um jovem que não queimou as etapas do seu crescimento normal, que apenas focalizou todas as suas energias e tempo no estudo exaustivo das matérias, não terá criado estrutura para o desempenho futuro de tão exigente profissão.
Diria mesmo que, o não ter queimado essas etapas poderá estar relacionado com a elevada taxa de divórcios e suicídios, pela insatisfação que transporta consigo.  

sábado, 27 de março de 2010

Conversas de Café



Conversa entre jovens estudantes universitárias em estágio num projecto europeu na Holanda:
  • O meu primo Zé Tó está a acabar medicina..
  • Quem aquele "Betinho" já está no último ano???
  • Mas... que médico sairá dali?! Ele sempre foi um marrão, convencido...
  • Sim, mas sabes que em Portugal é só essa gente que chega a médicos...
  • Mas que tipo de vocação, que sensibilidade pode ter uma pessoa que passou toda a sua vida enclausurado e a empinar matérias, para lidar com pessoas, ainda por cima doentes??
  • Vai ser mais um para passar receitas em função das benesses que os laboratórios ofereçam...
  • Sabes como é, filho de peixe sabe nadar...
  •  Oh pá está bem, mas será que vamos continuar eternamente a ter clãs familiares na medicina e na advocacia??
  • Claro mas duvidas, o resto acaba a leccionar LOL
  • Espera, também não será bem assim, sempre há os que, como nós, se fazem à estrada e percebem que um arquitecto não passa de um técnico especializado que até pode contribuir para um mundo mais agradável, e deslocar-se em transportes públicos ou de Bike!!!
  • Quando tiveres a tua placa à entrada do atelier quero ver se continuas a pensar assim?! 
  • (gargalhada geral)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Planeamento




Todas as grandes obras exigem um minucioso trabalho de planeamento, dele dependendo todo o trabalho subsequente. Cada fase - da concepção, pré-fabrico, construção, montagem industrial etc, deve obedecer a um plano de ordem técnica, de segurança, e temporal (de  timing).

É com base neste planeamento, que passa pela execução de fichas técnicas e de isométricas para cada actividade específica que são adequados os prazos para a execução de cada um dos trabalhos por forma a respeitar a especificidade de cada interveniente e harmonizar as que são complementares.

Tudo tem de estar calendarizado, proporcionando prazos adequados ao pré-fabrico transporte e montagem dos elementos, atendendo a uma sequência normal da evolução do trabalho e das necessidades e limitações operacionais em cada momento.

O trabalho de planeamento é um dos trunfos das empresas modernas, sobretudo do Norte da Europa, que lhes permite obter óptimos resultados no que concerne à operacionalidade e capacidade técnica, com consequentes bons resultados financeiros e de imagem.

É, portanto, urgente mudar a mentalidade reinante do lucro imediato, do trabalho desordenado e com base na exploração da mão de obra barata, e seguir os passos  daqueles que fazem da exigência e da qualidade os seus bastiões com evidentes benefícios.